O Reveillon Dolce Fare Niente

Parece um Déjà vu constante. Esta semana, como na semana passada, vejo tudo atrapalhado com os preparativos das festas, toda a gente stressada. Ora do ponto de vista dos pergaminhos Dolce Fare Niente, uma festa deve ser isso mesmo – uma festa. A atrapalhação fica à porta.
É por isso que já tenho tudo estudado para o Reveillon Dolce Fare Niente. Vai ser de dia 31 de Dezembro para dia 1 de Janeiro, com alguns amigos, e escolhi a meia-noite como ponto alto da festa. O primeiro a adormecer vai fazer cafés para todos. É assim tão complicado?
Boas entradas, esqueçam as saídas e até para o ano.

É Natal, é fim de ano, é tempo de balanço.

O Natal e o fim de ano são épocas de balanço.
Há quem faça o balanço das compras de Natal, há quem faça o balanço do ano que está a terminar. Também há quem faça o balanço das duas coisas, e outros até usam uma balança para pesar coisas. Ingredientes para os pratos da ceia de Natal, por exemplo.
Pois eu cá na minha actividade do Dolce Fare Niente também faço o meu balanço, mas é diário.
Ora ganho balanço para o sofá para me refastelar, ora ganho balanço para me levantar para ir fazer um cafezinho. E todos os dias, mais à noite, fecho para balanço.
Boas festas e ganhem o máximo balanço para entrarem no ano novo em grande.

A Cimeira do Fare Niente

A Cimeira de Copenhaga tem dado que falar. É preciso tomar medidas para salvar a Terra, claramente, e muitos pensavam que seria neste encontro que a solução seria alcançada.
Não me parece.
Parece-me que a Cimeira de Copenhaga foi mais uma Cimeira à Fare Niente. E porquê?
Porque houve mais coffee breaks do que medidas para salvar o planeta. Porque os participantes passaram a maior parte do tempo refastelados nos cadeirões, sem encontrarem soluções. Porque fez-se muito, especialmente em matéria de nada.
E com isto vos desejo um bom fim-de-semana.

Bom, mas afinal que dia é hoje?

Hoje é um dia bom. É um dia bom porque tem sido um bom dia. Está bom tempo, está bom para passear, é bom porque amanhã será ainda melhor. E amanhã será um dia ainda melhor porquê? Porque é sempre bom pensarmos assim.
Então mas afinal, qual é a conclusão desta história? Bom, na verdade não se sabe. A verdade é que hoje é sexta-feira e isso por si só já é muito bom.

A dimensão do sono.

Numa das minhas recentes pesquisas na Internet, comecei a ficar com sono. Ora como a tarde até estava empolgante, resolvi fazer duas coisas. A primeira foi reforçar o Espresso Intenso, a segunda foi pesquisar algumas das dimensões do sono.
Não cheguei a conclusões do outro mundo, mas estive quase.
Sabiam que o sono é um estado de consciência caracterizado pela suspensão temporária da actividade perceptiva, sensorial e motora voluntária? Esta é a dimensão científica do sono.
Pois para mim o sono é muito mais que isso. É um pequeno milagre, que me dá uma enorme vontade de ir para outra dimensão: o Dolce, zzzzzz, Fare, zzzzzz, Niente, zzzzzz....
Bom fim-de-semana.

Inventei a Vacina DFN

Aqui há uns dias lembrei-me de uma coisa que poderia ser interessante. Se eu tivesse escolhido ser inventor, teria certamente inventado uma vacina. E até já tenho um daqueles nomes esquisitos para ela. Seria a Vacina DFN.
A suas propriedades actuariam na prevenção da irritação fruto de má programação de TV, o que ainda acontece com frequência. A DFN também iria combater a estirpe do stress causado por um sofá mais fraquito, que já tenho apanhado em casas de amigos.
E acima de tudo, o que eu queria mesmo que a DFN me desse era uma imunidade contra os vícios dos vizinhos barulhentos, aqueles...vocês sabem. É preciso paciência, não é?
Entretanto, vou aproveitar o fim-de-semana, imaginando que já estou sob o efeito da Vacina DFN, ou Dolce Fare Niente.
Bom fim-de-semana.

Ora aqui está o CouchSurfing

A Selecção Nacional e os adeptos Dolce Fare Niente

Eu, Augusto Boavida, como bom português, adoro a Selecção. E durante a fase de apuramento para o Mundial, ouvi muito treinador de bancada a lançar críticas aos nossos jogadores. Ora jogavam mal, ora estavam mal preparados, ora bebiam café a mais, ora a menos, ora perdiam, ora empatavam, ora ganhavam. Confusão.
Eu tenho uma explicação para o longo apuramento: a nossa Selecção é solidária com os adeptos do Dolce Fare Niente.
Porquê? Porque prolongou o apuramento até ao limite, para nós, adeptos do Dolce Fare Niente, podermos assistir a mais jogos na bancada que mais gostamos: o sofá central.
É por isso que eu canto sempre:
Viva a Selecção, Viva o Dolce Fare Niente!

Esta conferência foi... diferente.

Sexta-feira 13? No Dolce Fare Niente não há azar.

Reza a lenda que sexta-feira 13 é um dia de azar. Pois cá para mim sexta-feira, seja 13 ou 31, é e será sempre um dia de sorte. Ora vejam.
Será sempre um dia de sorte pelo menos até que alguém se lembre de trocar a sexta com a segunda-feira. O que acho pouco provável. Será um dia de sorte, porque mesmo sendo sexta-feira 13 o que é facto é que no dia seguinte, aconteça o que acontecer, é sábado. Ou seja, véspera de domingo.
Ora este sábado, além de ser um dia muitíssimo agradável por natureza, é ainda mais um dia especial por calhar a 14.
14 como se sabe é o dobro de sete, e sete é o número da perfeição. Sexta-feira 13 um dia de sorte, porque sábado dia 14 é duplamente perfeito. Ou perto disso. É só coisas boas, a sexta-feira 13.
Ora desmistificada que está a sexta-feira 13 como suposto dia de azar, acho que agora posso ter a sorte de ir tomar o meu Cappuccino das 16h30.

Aproveitar para cochilar.

Milagres da Internet

Outro dia dei comigo a pensar no potencial quase inesgotável da Internet.
É que essa rica invenção é de tal ordem alucinante que chega a fazer milagres. Ou quase.
Graças a ela eu já conheci pinguins brancos, amarelos e mistos. Também já visitei a Índia, todas as Américas e boa parte da Ásia, e neste momento posso estar em África. Também já observei focas e baleias, já assisti a tempestades no deserto, já estive a 10 centímetros de distância de Linces Ibéricos e Ursos Polares. E, imagine-se, até já bebi um café a caminho da Lua, quando nem estou sequer perto de ser astronauta.
Se pensarmos bem, para eu fazer todas estas viagens antes de haver a Internet, tinha que ser multimilionário e, provavelmente, teria de viver 200 anos.
Vai daí que não sei se a Internet faz milagres, mas que anda lá perto, isso anda.

Fare Niente Arriscado.

Tecnologia de Ponta?

Dia 31 de Outubro

Amanhã é dia das bruxas. Para muito feiticeiro que há por aí, isso é sinónimo de festa, máscaras, sustos, e mais umas coisas estranhas que eu nunca percebi. Para mim, essa conversa de bruxedo é mais um aconchego, o mote para passar um sábado tranquilíssimo a fazer rigorosamente nada.
É que eu sou daqueles que não acredita em bruxas, mas que as há, isso há. Assim sendo, não me vá aparecer alguma abóbora com pernas à frente, vou ficar em casa a sovar o leitor de DVD, da TV, e mais não sei o quê.

É por estas e por outras que eu adoro café.

Já cheira a Outono

Já começaram as chuvadas, as ventanias, o frio. E até os dias já começaram a ficar mais curtos. Tudo isto me cheira a Outono.
Cheira-me que vou tirar o meu stock de mantinhas do armário. Cheira-me que vou voltar às maratonas de mappling. Cheira-me que o Cappuccino Ice vai de férias. Cheira-me que vou voltar à carga com a lareira. E cheira-me que está de volta o quentinho do sofá.
No fundo, mas mesmo no fundo, cheira-me a Outono, e a mais uma grande temporada de Dolce Fare Niente

Bela volta

Nestas férias fui dar um passeio. Foi aquilo a que se pode chamar “dar uma volta”.

Ora vejam.

Comecei por dar uma volta à minha casa, e mudei a decoração quase toda. A verdade é que já andava de costas voltadas para a cor das paredes, por isso decidi mudar.

Depois fui dar uma voltinha pela Europa. Vi muita coisa nova, diverti-me, e até houve tempo para um estrangeiro me chatear. Mas não foi grave, depressa lhe disse “Hans! Vai dar uma volta!!!” e segui viagem. O pior foi quando, volta e meia, me lembrava dos meus Cappuccinos, os tais que me dão a volta à cabeça. É que, como se sabe, não há grande volta a dar: o nosso café é sempre melhor que o do vizinho.

Depois, tal não foi a volta que dei, quando fui a ver que estava no mesmo sitio: o meu belo sofá.

Estou de volta ao Dolce Fare Niente.

Dolce Siesta?

Era a cereja em cima do bolo! Aqui há dias vi uma notícia que abalou a minha calma normal. Mas o motivo era forte, fortíssimo aliás. Imagine-se o que era passarmos a ter em Portugal uma lei que “obrigasse” as pessoas a fazer uma sesta depois de almoço, como em Espanha. Ui, já me estou a ver a terminar o almoço, a caminhar em direcção ao “sestório”, para dormir uma real sesta! Depois era acordar, aplicar o tradicional Cappuccino, e voltar a trabalhar. Não há dúvida que sabia bem, e há quem diga que melhorava o rendimento.

Uma noite agitada

Ontem parece que foi uma noite agitada, com vários vencedores e outros tantos derrotados nas eleições para o parlamento europeu. Os telejornais não perderam pitada, e eu próprio ainda segui atentamente o que se passava com os resultados. Mas foi sol de pouca dura, só me aguentei 5 minutos. É que depois reparei que estava a dar a primeira série dos Simpsons num canal de tv por cabo. Ui, foi um adormecer tranquilo…tranquilo. À Fare Niente, como se quer.

Ora chuva, ora sol, ora o quê!

Este clima é difícil de prever. Por exemplo, durante a semana está um calor que não é brincadeira, chegamos ao fim-de-semana e é chuva a toda a hora.

Isto a mim não me incomoda nada – é para o lado que durmo melhor. Mas para alguns amigos meus estas oscilações climatéricas são motivo de bruscas oscilações de humor.

Calma pessoal!

Não embirrem com as as toalhas de praia que afinal ficaram por usar, e desarrumadas. Não atirem os protectores solares para o lixo, só porque estão arreliados com a vontade própria do clima. Então mas, afinal, não sabem ler nas entrelinhas?

Chiu! chiu! Escutem….. a vida está a sussurrar-vos qualquer coisa ao ouvido….  Doooolceee Faaare Niennnte, Doooolce Faaare Niente….

Pinturas Rupestres e arte do Dolce Fare Niente

Não me interpretem mal. Lá porque sou adepto do Dolce Fare Niente, não significa que tenha alguma coisa contra o trabalho. Bem pelo contrário.

O Homem sempre precisou de trabalhar para viver.

Nos primórdios tinha de caçar e procurar o que comer. Hoje tem de fazer outras coisas.

A questão é que, se reparem bem, já nos tempos do Paleolítico gostávamos de nos enfiar nas nossas grutas e ficar entretidos a fazer filmes com as sombras dos bichos, ou a criar singelas pinturinhas na parede. Onde hoje temos um sofá, existia um enorme calhau onde nos sentávamos horas e horas a saborear uma fruta colhida durante o dia de uma árvore cheia de perigos escondidos.

Serei eu um Homem das Cavernas por gostar do Dolce Fare Niente? Talvez. Mas meus amigos, sabe-me pela vida. E só porque não passo o resto da vida nisso.

Fare Niente FC

O campeonato de futebol está a chegar ao fim e a história volta a repetir-se. Aliás, já vi este filme mais vezes que o “Conan - O Bárbaro” no canal Hollywood.

Pois é, uma vez mais, houve por aí umas equipas com uma rapaziada a quem chamam jogadores de futebol que passaram a época inteirinha a dormir pelos cantos.

Eles e eu, que os jogos a que assisti foram de tal forma empolgantes que, na maioria das vezes, não consegui aguentar mais que 20 minutos de tamanha emoção. Por isso, quero agradecer aqui, em meu nome e de mais uns tantos milhões, as fabulosas tardes e noites que me proporcionaram este ano no sofá.

Como tal, eu aproveito para deixar aqui um repto aos ilustres directores desses clubes para mudarem alguma coisa para a próxima época, começando pela a publicidade das camisolas. Se é para passarem a época toda de rastos, a jogar um estilo Dolce Fare Niente defensivo num 4-4-2 deitado, então pelo menos aproveitem os Cappuccinos pá.

Bons sonhos.

 

Roleta do Sofá

Inventei O jogo. Chama-se Roleta do Sofá, é no mínimo para 2 pessoas, e joga-se assim: baralha-se o comando da televisão, parte-se e carrega-se num botão ao calhas de olhos fechados (não vale adormecer). Ganha quem acertar mais vezes na RTP Memória.
 
O pato que perder vai fazer cafés.

O meu plano contra a Gripe

São uns atrás dos outros. Agora, parece que toda a gente tem um plano de prevenção contra a Gripe, mas quer-me cá parecer que nenhum deles é tão infalível como o meu. Ora vejam:

-       Sair do trabalho e ir directa e rapidamente para casa

-       Preparar o sofá para um serão com mantinha e tabuleiro

-       Providenciar um rodízio de Cappuccinos

-       Abrir um pacote de biscoitos de laranja (ricos em vitamina C)  - ou comer uma dose razoável de panquecas de mel e noz (são duas entradas para se escolher uma)

-       Ajustar cuidadosamente a temperatura do ar condicionado

-       Rever a 1ª série do incomparável Hercule Poirot

-       Evitar toda e qualquer agitação, especialmente se esta for dispensável

-       Dormir toda a noite, sem pressas, aproveitando totalmente o conforto que uma boa cama oferece (não esquecer a venda nos olhos)

Que é que dizem do meu plano?

Bom fim-de-semana.

A vida dá voltas engraçadas. Por exemplo, amanhã voltamos a Sábado. E como está bom tempo se calhar aproveito e fico em casa a bronzear os lábios. Com sorte, a vizinhança vai toda para a praia fazer castelos de areia com os infantes e eu consigo ver o Danças Com Lobos sossegado e com o olho esquerdo fechado.

 

O meu fim-de-semana podia ser mais divertido se fosse à praia? Podia mas eu não quero. O fim-de-semana divertido na praia implica umas horas no trânsito, umas horas a estacionar e um escaldão ao sol. Isto adocicado por um grupo de adolescentes que joga volley com uma bola que, mais cedo ou mais tarde, nos vai acertar na cabeça. E isto antes de ir ao banho. Porque quando se vai ao banho depois de uma hora a estrelar ao sol, há sempre um banhista muito engraçado que faz uma bomba à nossa frente. E a temperatura da água? Ui, o que eu me divirto com aquele choque térmico que tempera aço.

 

Fico mas é em casa, estendido nas brancas almofadas do meu sofá, a apanhar com um raiozito de sol que entra maroto pela nesga da portada. Bom fim-de-semana e divirtam-se.

Dolce Fare Niente, Brutus?

Hoje de manhã, enquanto fazia a minha habitual ronda pelas notícias online, não pude deixar de reparar nesta história do belíssimo Brutus. Aqui está um animal de estimação que eu não me importava nada de ter, tão felpudo, fofinho e ergonómico. Comecei logo a imaginar-me em casa, à noite, a ver televisão e a tomar um cafezinho com o Brutus, a discutir a bola com o Brutus... encostadinho à barriguinha do Brutus, tal e qual um sofá. Está bem que sustentar 350 quilos é capaz de me sair um bocado caro no orçamento mensal. Mas sendo a estimação recíproca, os 350 quilos, assim, também me sustentariam a mim. É pena é que o Brutos já tenha dono e que o castanho nem fique assim tão bem na minha sala. Será que dá antes para mandar vir um dos brancos?

Inflação? Deflação?... Edredão.

Complicação, é o que é. Chega uma pessoa a casa, cansada do trabalho, liga a TV num canal ao calhas e pumba: leva com um destes  cenários macro-económicos hiper-complexos sem estar à espera. Quer dizer ainda nem o robe vestimos e já estamos a ouvir projecções sobre os recuos da economia. Depois de um dia a levar o país para a frente não é lá muito gratificante. Que azar. Bem que podia ter ligado logo no belo programa do Discovery “Pesca Radical: Senhora Sorte”. Bem, chega de inflacionar esta questão. 

Uma Ode à Primavera

Uma andorinha. Duas andorinhas. Três andorinhas. Quatro andorinhas. Cinco andorinhas. Seis andorinhas. Sete andorinhas. Oito andorinhas. Nove andorinhas. Dez andorinhas. UM CAPUCCINO. Onze andorinhas. Doze andorinhas. Treze andorinhas. Quatorze andorinhas. Quinze andorinhas. UM SOFÁ E UMA MANTINHA. Dezasseis andorinhas. Dezassete andorinhas. Dezoito andorinhas. UM DOCUMENTÁRIO SOBRE MINHOCAS NO BOTSWANA. Dezanove andorinhas. Vinte andorinhas. Vinte e uma andorinhas. ONDE É QUE É O BOTSWANA? Vinte e duas andorinhas. Vinte e três andorinhas. Vinte e quatro andorinhas. Vinte cinco andorinhas. Vinte seis andorinhas. É. VEM AÍ A PRIMAVERA, VAIS CONTINUAR A CONTAR ANDORINHAS?

Regras de boa vizinhança

Boa vizinhança é aquela que respeita quem trabalha. É aquela que não incomoda, não perturba, não chateia, não sobressalta, não assusta, não grita, não arrasta móveis, não põe os Santa Maria aos berros aos domingos de manhã, não faz furos na parede às quintas à noite, não toca à campainha como se não houvesse amanhã ou como se o prédio estivesse a pegar fogo.

Enfim, boa vizinhança é aquela que não interrompe uma pessoa quando esta se encontra no Dolce Fare Niente – coisa que claramente o meu vizinho de cima ainda não entendeu.